Está de visita a Rabat? Marrocos O Museu de História e Civilização de Rabat é um local obrigatório para os entusiastas da arqueologia e para todos os curiosos sobre a história da humanidade.
Marrocos Este museu reconstitui milhares de anos de evolução através de colecções excepcionais, que vão desde a pré-história até às grandes civilizações antigas e islâmicas. Graças a uma visita estruturada, cada sala oferece um mergulho fascinante no passado, destacando objectos únicos, incluindoesculturas e vestígios arqueológicos dos sítios mais emblemáticos de .
Neste artigo, encontrará alguns conselhos úteis para o ajudar a preparar a sua visita ao Museu de História e Civilização de Rabat.

Esta é uma opinião completamente independente, baseada na nossa própria experiência. Visitámos a região de forma anónima, fazendo as nossas próprias escolhas e pagando as nossas contas na totalidade.
Porquê visitar o Museu de História e Civilização?
O museu vale a pena? A nossa opinião:
MarrocosSim, o Museu de História e Civilização merece uma visita pelas suas ricas colecções e pela sua viagem imersiva através da história de . Ficámos particularmente impressionados com a museografia moderna e bem estruturada, que mostra as esculturas antigas e os principais vestígios arqueológicos do país.

Porque é que o museu é famoso?
Marrocos Criado durante o protetorado, em 1932, com o nome de Musée Archéologique de Rabat, é um dos poucos museus do mundo inteiramente dedicado à arqueologia. Distingue-se pela amplitude e riqueza das suas colecções, que reconstituem milénios de história através de vestígios importantes. Em particular, descobrirá uma coleção excecional de estátuas antigas em mármore e bronze provenientes das escavações do sítio de Volubilis, Património Mundial da UNESCO, bem como gravuras rupestres únicas.

Os nossos favoritos
Apreciámos todos os momentos do nosso passeio pelas colecções, mas os nossos olhos foram irresistivelmente atraídos por uma pequena escultura na secção antiga.
Feita em Volubilis no século III a.C., esta escultura de bronze invulgarmente delicada é surpreendentemente moderna. Vénus, a deusa do amor e da sedução, revela-se numa pose inesperada, quase banal, longe da imagem de uma divindade. Este contraste torna-a ainda mais comovente e divertida, tal como as estatuetas de acrobatas que a rodeiam.

Resumo da história
- 1915: Início das grandes escavações arqueológicas em Marrocos sob a direção do general Lyautey
- 1920: Construção do edifício principal do Protetorado para albergar o Serviço de Antiguidades do Estado. Marrocos
- 1930: Os artefactos de Volubilis são transferidos para Rabat para a criação de um grande museu arqueológico
- 1932: Inauguração do Museu Arqueológico de Rabat, o primeiro do género em Marrocos. Marrocos
- 1952: Conclusão da grande sala oval, dedicada aos bronzes antigos
- 2014: Integração do museu na Fundação Nacional dos Museus e lançamento de um vasto projeto de renovação
- 2017: Reabertura como Museu de História e Civilização, com uma museografia completamente renovada

Acesso: Museu da História e da Civilização, Rabat
Onde é que fica o museu?
MarrocosO museu está situado na avenida Moulay Abdelaziz, no bairro de Hassan, no coração de Rabat, a capital do país. Existem muitos outros museus na zona, incluindo o Museu Mohammed VI de Arte Moderna e Contemporânea e a Villa des Arts.

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Leia os nossos conselhos (em breve)
Como é que lá chego?
Várias carreiras de autocarros servem o museu. A partir da medina de Rabat, a forma mais rápida é apanhar o L102, paragem na Mosquée Assouna-v. A partir da estação de Rabat, pode chegar ao museu em apenas 8 minutos a pé.
Parque de estacionamento
O museu não tem parque de estacionamento próprio, mas encontrará alguns lugares pagos nas ruas adjacentes (máquinas de pagar e exibir). Em alternativa, pode deixar o seu carro no parque de estacionamento da estação, a 13 minutos a pé.
Conselhos úteis: duração, horários, alimentação…
Melhor altura para visitar
O museu pode ser visitado em qualquer estação do ano! O espaço arejado e climatizado será particularmente apreciado nos dias quentes, mas a visita também será muito agradável no inverno.
Duração da visita e principais dificuldades
Reserve entre 1 e 2 horas para a sua visita, em função do seu interesse por colecções arqueológicas. A visita não apresenta dificuldades particulares e o acesso é garantido no rés do chão para pessoas com mobilidade reduzida. Existe uma entrada específica e casas de banho adaptadas.

Direção da visita
Recomendamos-lhe que comece pela secção cronológica (percurso amarelo no mapa) antes de dar um passeio sem pressa pelo percurso temático.

UM POUCO MAIS DE PACIÊNCIA
MarrocosTodas as fotografias, mapas, informações e endereços úteis de que necessita para tirar o máximo partido da sua estadia em breve estarão disponíveis num único livro eletrónico!
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Visitas com crianças
Não notámos nenhuma caraterística especial para as crianças, mas elas devem apreciar a variedade de objectos expostos.
Horário de abertura e preços
O Museu de História e Civilização de Rabat está aberto todos os dias (exceto às terças-feiras) das 10 às 18 horas. Saiba mais no sítio Web da Fundação Nacional dos Museus aqui.
Os bilhetes de entrada são vendidos a um preço entre 10 dhs (MAD) para crianças e 20 dhs (MAD) para adultos. Marrocos Às sextas-feiras, a entrada é gratuita para os cidadãos nacionais e estrangeiros residentes em .

Visitas guiadas
De momento, o museu não oferece visitas guiadas, mas as etiquetas pedagógicas colocadas nas salas (em árabe e francês) são extremamente úteis para a compreensão da exposição. O hall de entrada foi igualmente equipado com um terminal digital interativo que fornece aos visitantes as referências geográficas necessárias para compreender a coleção.

Restauração
O Museu de História e Civilização não dispõe de restauração no local, mas existem alguns locais nas proximidades. Destacamos, em particular, o restaurante Kasr al Assil, com a sua decoração colorida e a sua cozinha tradicional e saborosa!
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MarrocosUma viagem pela história de : o percurso cronológico
MarrocosA primeira secção traça a história das várias civilizações de .
Colecções pré-históricas e antigas
Marrocos Começará a sua visita no rés do chão, descobrindo artefactos dos períodos Paleolítico, Neolítico e da Idade dos Metais, que testemunham a presença humana há 1.000.000 de anos. Marrocos A maior parte dos objectos provém de sítios arqueológicos de , tais como Jebel Ighoud, Tafoughalt, Achekar, Sidi Abderrahmane e Oued Deraa. Na ala esquerda da sala, poderá descobrir os vestígios da antiguidade marroquina, marcada pelas civilizações fenícia, mauritana e romana, através de uma coleção de peças de bronze, cerâmica e mármore.

Ficámos impressionados com a diversidade dos objectos da coleção, tanto pela riqueza dos períodos representados como pela variedade das peças expostas. Não deixe de observar atentamente os utensílios pré-históricos, as taças neolíticas, os fragmentos de ânforas da civilização púnica, os restos funerários e, sobretudo, as numerosas e elegantes esculturas antigas. Cada obra é claramente revelada, graças a etiquetas bem explicadas, a uma iluminação cuidada e a uma exposição subtil nas vitrinas, permitindo aos visitantes apreciar plenamente cada pormenor.

O período de transição: objectos raros
Suba agora as escadas para descobrir o período de transição, do qual existem poucos vestígios. Marrocos Depois de a administração romana se ter retirado no final do século III, a história da cidade mergulhou numa relativa obscuridade. No entanto, alguns vestígios permitem vislumbrar as influências religiosas e culturais que se cruzaram durante este período. Marrocos Esta secção destaca as práticas judaicas e cristãs que marcaram esta transição, através de objectos que testemunham a diversidade de crenças presentes antes da progressiva islamização do território.

No centro desta rara coleção, o visitante pode admirar uma seleção de lâmpadas decoradas com símbolos judaicos e cristãos, recordando a presença destas comunidades na Antiguidade Tardia. Entre as peças mais intrigantes, um candelabro de bronze de sete braços descoberto em Volubilis e uma estela hebraica, provavelmente datada do século IV, sugerem a existência de ritos funerários judaicos na região. Marrocos Outros objectos, como um incensório bizantino, uma lâmpada em forma de pavão e um difusor de óleo copta, testemunham as trocas culturais entre o Oriente e o Ocidente nos séculos V a VII, anunciando os primeiros sinais da islamização da região.

Esquerda: Lâmpada com castiçal de sete braços, Volubilis, séculos IV-V, Bronze Direita: Estela hebraica, Volubilis, século IV (?), Pedra
Colecções islâmicas
Passe para a área dedicada às colecções islâmicas. Marrocos
Esta secção destaca o legado das grandes dinastias que moldaram o Islão, dos Idrissidas aos Alauítas, através de vestígios arqueológicos descobertos em sítios importantes como Belyounech, Sijilmassa e Koutoubia. Apreciámos a diversidade dos objectos expostos: moedas antigas, cerâmicas delicadas e elementos arquitectónicos finamente decorados, como revestimentos de paredes e capitéis. Cada peça conta uma parte da história destas dinastias, testemunhando um artesanato e uma ornamentação refinados que evoluíram ao longo dos séculos.

Marraquexe
Para além da arte e da arquitetura, esta secção destaca a importância do conhecimento científico na civilização marroquina, em particular em Fez e em Marrocos. Com efeito, as sucessivas dinastias incentivaram o desenvolvimento de disciplinas tão variadas como a astronomia, a medicina e a metrologia.
Entre os objectos expostos contam-se um relógio de sol para medir o tempo, um Mudd nabaoui para medir as esmolas legais e um astrolábio. Preciso e sofisticado, este instrumento permitia aos estudiosos observar os astros, orientar os viajantes e até determinar a hora das orações!

Explorar os tesouros escultóricos do passado: o percurso temático
MarrocosDepois de explorar a evolução histórica do , deixe-se cativar pela nobreza dos materiais que resistiram ao tempo: a delicadeza do mármore, o brilho do bronze, a força bruta da pedra.
Mármore: estátuas e bustos do Império Romano
A sala de mármore contém esculturas, cujos melhores exemplos provêm dos sítios de Volubilis, Banasa, Thamusida e Sala. Ficámos impressionados com estas obras, a maior parte delas esculpidas em mármore italiano de Carrara ou em mármore grego de Penteelic.
A coleção de arte é composta principalmente por estátuas, retratos e bases de estátuas, estas últimas feitas de materiais locais como o calcário cinzento ou o arenito das dunas.

Aprendemos que a estatuária tem uma série de funções diferentes, dando-nos uma visão da vida antiga. Pode ser cultural, como a estátua de Ptolomeu, entronizada majestosamente na entrada do museu, ou ligada à vida religiosa, como a cabeça da deusa Juno.
Também tinha uma função honorífica, como atestam as inscrições gravadas nas bases de estátuas como a dedicada a Marco. Por último, a escultura podia também ser utilizada simplesmente para decorar as casas ou os jardins.

Bronze: obras-primas da Antiguidade
Assim que entra na grande sala oval, a atmosfera muda. A iluminação ténue e os elegantes plintos pretos proporcionam um pano de fundo marcante, sublimando cada objeto. Esta cenografia põe em evidência a diversidade da estatuária antiga: a arte do retrato, ilustrada pelos imponentes bustos de Catão e de Juba II, cruza-se com o estilo arcaico, encarnado pela escultura do cavalo e do cavaleiro. Mais adiante, o efebo vazado e o efebo coroado de hera testemunham a influência do estilo clássico. A par destas figuras esculpidas, a coleção é enriquecida por mobiliário de luxo, objectos de requinte e uma série de objectos da vida quotidiana e religiosa, que ilustram o domínio das diferentes técnicas de fundição na época romana.

Entre estes tesouros antigos, não perca Le Chien de Volubilis (O Cão de Volubilis), que se destaca pelo seu impressionante realismo. Esta escultura de bronze, datada dos séculos I-II d.C., representa um animal em plena tensão, pronto a atacar, com o seu corpo flexível e nervoso arqueado sobre as patas dianteiras. Todos os pormenores, desde a coleira que lhe envolve o pescoço até à musculatura das patas, revelam um domínio excecional da anatomia canina. Uma excrescência de bronze no seu flanco esquerdo testemunha a sua antiga ligação a uma estátua de Diana, a deusa romana da caça.

Pedra: inscrições e gravuras
Depois de ter mergulhado na escuridão, a visita termina num pátio ao ar livre! Aqui encontrará uma variedade de conjuntos lapidares: gravuras rupestres, inscrições líbias e latinas, estelas votivas antigas e estelas prismáticas islâmicas.
Ficará impressionado com a diversidade destes testemunhos gravados na pedra, realçados pela luz natural do pátio. Não se esqueça de olhar para o chão, onde repousa um medalhão antigo.

Reserve algum tempo para observar uma das estelas funerárias prismáticas expostas. Esculpida em mármore, ilustra a arte epigráfica merinida. Decorada com inscrições cursivas e cúficas, inclui versos do Corão e fórmulas honoríficas em homenagem ao defunto. A sua decoração requintada combina motivos vegetais, florais e geométricos, típicos da arte islâmica.
Muito difundidas sob os Marinidas e os Saadianos, estas estelas funerárias não são apenas comemorativas, mas fornecem também informações valiosas sobre a sociedade medieval marroquina, revelando a importância do estatuto social, das crenças e da evolução estilística da arte funerária.

Estela funerária de Abû Ya’qub YÛsuf, Chellah, ano 1307, mármore
Na foto acima, pode também ver algumas estelas votivas na parede do fundo, que achámos particularmente encantadoras. Finalmente, para terminar a sua visita, dê um passeio pelo jardim, onde alguns vestígios arquitectónicos (capitéis e colunas) se integram harmoniosamente na vegetação.
